quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Velha Cabana, Velhos Amantes, Velhas Mentiras

Já nas férias daquele ano, na velha cabana da montanha, tudo parecia estar errado entre os dois, ela olhava fixamente para o céu, ele olha fixamente para ela querendo desvendar seus pensamentos apenas com olhares intensos.
Quando se sentam de frente um para o outro as palavras não saem de suas bocas, tudo parecia estar errado entre os dois, ela o olhava com lágrimas nos olhos, ele a olhava como se o mundo fosse acabar em um instante e a ultima visão que queria ver era seu rosto com aquele olhos lacrimejando, talvez de alegria talvez de tristeza.
A única testemunhas de seus actos aquela noite era a lua, lua cheia, intrigante, de tamanha beleza que chamava mais atenção do que as mentiras daqueles dois. Mentiras, muitas, grandes e pequenas, mas o tamanho não importava porque eram tudo mentiras, eram traições, fingimentos? Talvez.
Encenar em uma peça de teatro para uma plateia, para ele era algo totalmente diferente de viver um personagem a vida toda e para quem você mais ama, mas para ele não importava, o amor que sentia por ela era tão grande que tudo que realmente não importava. Era uma noite estranha eles tentavam esconder a vergonha um do outro, mas parecia que ela estava estampada o tempo todo em suas testas, mas desta vez fingir não vai mais adiantar porque ambos já sabiam a verdade.
Naquela noite que parecia estar tudo errado entre os dois, aquele casal que parecia estar tão apaixonado fez o cachorro amarrado do lado de fora latir depois de se assustar com dois sons agudos e fleches de luz que saiu da casa, aquela noite que parecia estar tudo errado entre os dois, eles resolveram suas desavenças se calando para sempre.